sexta-feira, 29 de julho de 2016

equipe

Bem, estamos montando nossa equipe.
O blog do projeto é 
http://salomonicas2016.blogspot.com.br/

Estou colocando as informações sobre o processo criativo.
será o meio de a gente se comunicar e trocar informações.

O projeto vai ser baseado nos dois encontros semanais que vamos ter nas terças e quintas das 16:00-18:00.

No momento, assim temos a equipe:
Direção: Hugo Rodas. Todos os materiais vão ser apresentado e explorados durantes os ensaios. E a partir dos ensaios é que teremos as demandas para cenas, sons, e montagem. Ou seja, todas as demandas de composição, interpretação e produção passam pela orientação do Hugo. Lembrar que o locus do projeto é um conjunto de disciplinas de graduação e pós graduação. 
Dramaturgia musical: Marcus Mota. Há a proposta inicial, de um roteiro que está no blog. Hugo gostou de algumas coisas, e não de outras. O caráter mais satírico, debochado é algo a ser levando em conta. Hugo não gostou do aspecto palavroso, verborrágico de algumas cenas propostas, principalmente as finais.  O roteiro inicial, sem músicas, o libreto, foi elaborado a partir de: a- texto de Crônicas, para os maiores acontecimentos da biografia de Salomão; b-texto de Provérbios, para cena do torneio de homens sábios;c- texto de eclesiasates, para o Salomão idoso, perto da morte, vendo que tudo foi uma bobagem. d- texto de Cantares, para o jogo erótico de Salomão com sua esposa/rainha de Sabá.  Então, eu fiz primeiro uma análise textual e bibliográfica, para depois elaborar o roteiro. Nada de música nesse ponto. A questão musical será realizada a partir dos encontros, e com diálogo entre o Hugo e o trabalho e pesquisa de sonoridades e produção musical de Alexandre Rangel.
Pesquisa e Produção musical e imagética :Alexandre Rangel. Sendo aluno do doutorado, com pesquisa sobre campos interartísticos, a montagem de Salomônicas é a convegência entre processos de experimentação e observação. COmo o Hugo Rodas em conversa anterior sobre o projeto busca uma sonoridade mais mediada eletronicamente, Alexandre participa como pesquisador e produtor musical, a partir das demandas da cena e dos diálogos com a direção e dramaturgia musical. AInda, com sua experiência em projeção e visualidade, terá um papel fundamental na utilização de vídeos e imagens em cena.
Pesquisa e Preparação vocal: Janette Dornellas.  Também como aluna do doutorado, com pesquisa sobre canto lírico nas universidades, a montagem de Salomônicas será um locus de teste, observação de modos de formação de atores cantores. Sempre levar em conta que estamos dentro de um processo formativo. E é possível, e mais que desejável, que em algum momento, há alguma música especial para ela cantar também. Sempre é importante termos essa mescla de intérpretes em formação com intérpretes mais experientes. 
Pesquisa e Assistência de Direção: Júlia do Vale. Também aluna do doutorado, e com pesquisa sobre direção cênica no contexto universitário. As direções do Hugo são um objeto de observação e o oportunidades para ampliação da criatividade. Uma coisa pouco estuda é a direção criativa, como integrar direção, habilidades específicas dos intérpretes e imaginação para a cena. A bibliografia sobre criatividade em arte é fundamentalmente ´psicologizada´, ainda dependente das ações de indivíduos singulares. Para além disso, quando temos processos criativos que são documentados, acompanhados em todas as suas ações e etapas, começamos a ver que as tomadas de decisões passar a ter uma coesão. Isso é pouco estudado. Um assistente de direção pode fazer isso, com as ferramentas certas: vídeos, anotações,mapas de decisões, entrevistas, etc. Ou seja, o estudo de um processo criativo em particular passa a ser uma compreensão ou elaboração  de uma metodologia de processos criativos, de uma problematização do modo como observamos algo. Observar é observar-se. Nesse sentido, Júlia do Vale pode e muito contribuir para si e para a projeto.
Pesquisador associado: Bárbara Gontijo. Mestranda em artes cênicas, com interesse em dramaturgia, vai observar a amplitude do conceito e experiência de dramaturgia neste processo criativo. 
Assessoria nas Atividades de Pesquisa, Ensino e Extensão: Airan de Sousa. Mestrando em Música e servidor do Instituto de Arte, vai transformar as demandas do projeto em ações fora da sala de aula com a proposta de extensão do projeto, assessorando os programas de meios de comunicação de massa, redigindo notas de programa, elaborando resenhas e artigos de livros, pareceres e críticas conduzindo a ponte institucional para viabilizar a realização do evento.


Bem, parodiando o gaguinho, por enquanto That´s all folks!









quinta-feira, 28 de julho de 2016

repertório

Hoje, no trabalho de pesquisa de sonoridades, eu e o Alexandre ficamos duas horas ouvindo e selecionando materiais a partir de http://www.maqamworld.com/rhythms.html
O site é uma database que disponibiliza arquivos e informações sobre música árabe.
O bom desse trabalho é ir se familiarizando com a diversidade dessa música a partir de arquivos sonoros. ouvir para compreender. e compreender para imaginar e criar.
Ao mesmo tempo, sob o ponto de vista de montagem, as músicas em suas partes oferecem materiais para reutilizações.
Das cento e poucas músicas, foram escolhidas 31.
começa agora a fase do açougueiro: escolher dentro das escolhas, cortar, construir novos agrupamentos de sons.



quarta-feira, 27 de julho de 2016

Conexões árabes, penísula ibérica, brasil

Um exemplo disso é a  nouba /nuba da andaluzia. Veio do norte da África ( Tunísia, Marrocos, Argélia) para a Andaluzia.
No início, seria um ciclo de 24 horas de música, poesia e dança dividindo em 24 partes de uma hora cada, cada qual com sua forma e modos musicais.

Para mais informação, http://dizielfen.unblog.fr/2013/09/26/la-nouba-histoire-et-structure/

Segue-se uma performance de uma nouba

link: https://www.youtube.com/watch?v=z-eQ3XANwcw






O trecho é do cd :

Eduardo Paniagua Ensemble, Ensemble Tre Fontane, El Arabi Serghini Mohammed, dir. "Luz De La Mediterrania" - De la Occitania a l'Andalucia medieval / Chants des troubadours, Nuba arabo-andalouse et Cantigas de Santa-Maria d'Alphonse X le sage (XIIe siècle).

CD info:http://www.medieval.org/emfaq/cds/alb...

The nuba "Ushshak" is a suite of instrumental and vocal works celabrating the pain of seperated lovers at dawn. It is made of five different rythms (Mîzân). Its origin is andalusian and it has been preserved, among other north african countries, in Morroco.

Here are presented five Mîzân btáyhí:

1. Inshâd 'ushâq
2. San'a "Zid wa sqinî yâ habîbî"
3. San'a "Rifqan 'alâ qalbî"
4. San'a "Sayyid´ if'al mâ tashâ"
5. San'a "Jul, jul tarâ l-Ma'ânî" composed by Al-Shustarî (Granada 1212 - Damieta 1269)

Traductions from arabic below are in French and Spanish, as made available by the interprets.

Español:

2. San'a "Zid wa sqinî yâ habîbî"

Sírvete y sírveme de beber, mi amor, se ha distraído el censor 
Aprovechemos el momento, no lo perdamos 
Guardemos el secreto 
Doy gracias por tenerte cerca 
Sírvete y sírveme de beber, mi amor, se ha distraído el censor 

3. San'a "Rifqan 'alâ qalbî"

Ten piedad de mi corazón, tu que lo creaste 
El amor daña mi corazón hasta consumirlo 
El sabe mi condición, El es Dios (Alá) 
Me castiga quien me cuida y me queman los envidiosos de los enamorados 
Pero mi querido mi corazón aborda

4. San'a "Sayyid´ if'al mâ tashâ" 

Mi Señor, haz lo que quieras, no pongas disculpas 
Ya sabes quien cotillea con tu palabra 
Ignoro al envidioso entre nosotros 
Cada vez lo hace más, hasta sobrepasar lo normal 
Su fuego le arde en las entrañas 

5. San'a "Jul, jul tarâ l-Ma'ânî" 

Ven a mi lado y te contaremos novedades: 
"Los descendientes son siete: el sol, la luna, al Mushtari y otros astros 
El misterio está donde está el corazón" 
No contienen los recipientes solamente lo que hay en su interior. 
Rodeado, descubriras el sentido de las cosas, pero ¿ las comprendes? 

Français:

2. San'a "Zid wa sqinî yâ habîbî"

Sers-moi encore du vin, mon amour / Car mon censeur n'est plus là. / C'est un instant que nous capturons / De peur de le perdre à jamais / Ses secrets, nous les dissimulons / Nous leur rendons grâce et les remercions. / Pour que tu profites pleinement d'un proche / Sers-moi encore du vin, mon amour / Mon censeur est loin de moi. 

3. San'a "Rifqan 'alâ qalbî"

Pitié pour mon petit cœur / O vous qui l'avez éprouvé L'amour a déchiré mon cœur / Au point de l'annihiler Tu connais mon état / Toi mon Seigneur, mon Dieu Le censeur m'a tyrannisé / Et le réprobateur, vivement offensé Malgré cela mon amour / Mon cœur supporte 

4. San'a "Sayyid´ if'al mâ tashâ" 

Maître, fais ce que tu veux! aux maîtres, on n'a jamais rien à reprocher. / J'ai appris que celui qui avait dénoncé nos entretiens / N'était autre que notre messager, mais combien j'étais dupe de sa jalousie. / Malgré cela, mon amour est de plus en plus fort; dépasse les normes. / Son feu m'enflamme et me brûle les entrailles. 

5. San'a "Jul, jul tarâ l-Ma'ânî" 

Voyage, vois du pays! tu découvriras le sens des choses / M'as-tu compris? 
Le récipient ne sent / que ce qu'il contient. 
Viens près de moi! nous t'informons de la nouvelle. Les descendants sont sept: Le soleil, la lune, Jupiter, ainsi que d'autres astres. 
Le secret est dans la demeure / Et le cœur devient un lieu. Le récipient ne sent / que ce qu'il contient. 

------------------------------------------------------------------------------

Eduardo Paniagua Ensemble: Cesar Carazo (voice, fiddle), Eduardo Paniagua (flutes, quanun, voice), Paula Vega (voice), Luis Delgado (andalucian lute, bendir, percussions). 

Ensemble Tre Fontane: Hermine Huguenel (voice), Pascal Lefeuvre (hurdy-gurdy), Maurice Moncozet (flutes, shawm, voice), Thomas Bienabe (lute). El Arabí Serghini Mohammed (voice, alto violin, derbouka, tar)
I
nformações:
LInk: http://www.medieval.org/emfaq/cds/alb0198.htm

Texto influência música árabe no ocidente


RECORDINGS; Journeying Into a World Of Arab Music
By ROBERT PALMER; Robert Palmer, the former chief pop music critic of The Times, is writing a book about the origins of rock-and-roll.


Published: December 17, 1989



Link: http://www.nytimes.com/1989/12/17/arts/recordings-journeying-into-a-world-of-arab-music.html?module=Search&mabReward=relbias:r,{&pagewanted=1



Any listener whose interest in Western classical music extends beyond superficial ''music appreciation'' to a concern with origins, formal principles and stylistic evolution must sooner or later come to grips with the rich musical heritage of the Arab world.

During the 9th and 10th centuries, Europe was in its dark ages. Christian plainchant, troubador ballads and dance music were dominant; art music was in its infancy. But in the great cities of the Islamic world, from Spain and North Africa to India, composers and instrumentalists who enjoyed royal patronage were already creating orchestral compositions of symphonic complexity.

Forms such as the nouba of Andalusia (Moslem Spain) and the Syrian wasla left room for improvisation but were rigorously structured and preserved through a form of alphabetic notation. A single nouba or wasla consisted of five or more highly organized, distinct movements. These compositions were performed by orchestras of stringed and wind instruments, percussion and voices.

This music would be of interest to students of Western classical music if only because so many of the instruments of the European orchestra were derived from Arab models. As Jean Jenkins remarks, in liner notes for the exemplary six-record series ''Music in the World of Islam,'' issued some years ago, ''Our oboes, trumpets, viols, violins, lutes and guitars, harps, dulcimer and psaltery, kettledrums, tambourines, castanets and triangles all originated in Islamic instruments.

But the Arab influence on European music extends far beyond instrumentation, as some recently released and reissued recordings make clear. The concept of long-form orchestral compositions, designed not as ritual or incidental music but as art music for serious listening, seems to have passed into European culture from the Arabs during the eight centuries of Moorish rule in Spain. The organizing principles of this early Arab classical music were also influential.

Paul Bowles, the American author and composer who recorded the double LP collection ''Music of Morocco'' some years ago (Library of Congress Archive of Folksong L63-L64), believes he has found in certain Moroccan traditions the roots of the sonata form. And certainly the early Arab composers were adept at the development of melodic material through theme-and-variation techniques. It seems likely that without the impact of Arabic musical thought and practice, European classical music as we now know it simply would not exist.

The term ''Arab'' in this context is somewhat misleading. The music that emerged from the opulent courts of Baghdad, Damascus, Aleppo, Cairo, Cordoba and other urban centers between the 9th and 13th centuries mixed traditions from the Arabian peninsula with influences originating in Persia, Syria, Byzantium and Central Asia. In addition, Arab rulers instituted ambitious translation projects, giving their court musicians and composers access to ancient musical treatises.  {link: http://www.dust-digital.com/morocco/}

But what did this early Arab classical music actually sound like? Although many early works have been preserved and are studied and performed in musical conservatories throughout the Islamic world, they have remained the province of a select group of scholars and devotees, and have rarely been recorded.

Even the examples that have been issued on record, such as the splendid excerpt from an Andalusian nouba in ''Music of Morocco,'' have been fragmentary. One could get a sense of the sound of the music and of performing styles. But the ''anthology'' approach common to album releases of ethnomusicological field recordings tends to mix classical, folk and popular selections on one disk; it was impossible to hear an Andalus nouba or a Syrian wasla in its entirety.

Recently, with the advent of the compact disk and the dedication of a small group of French scholars, this situation has been changing. In 1985, the French Ocora label issued a recording of two complete Andalusian noubas on CD, performed by the orchestra of Abdelkrim Rais of Fez, Morocco (''Maroc: Musique Classique Andalou-Maghrebine,'' Ocora C559016). This disk, enchanting as it is, documents Andalusian music as it is performed today, almost 500 years after its transplantation to North Africa following the Christian reconquest of Spain.

A new companion CD, ''Ustad Massano Tazi: Musique Classique on Andalouse de Fes'' (Ocora C559035) is a recording of a different sort. Here, a group of performers who are also Sufi mystics and have preserved early musical traditions for metaphysical as well as esthetic reasons, set out to re-create as accurately as possible the sound and performing style of Ciryab, the celebrated court musician who left Baghdad in the ninth century to found the first Spanish musical conservatory, at Granada.

Ciryab's musical theories were linked with alchemical studies; the balance of timbres within the orchestra was thought to be crucial to the music's spiritual effect. Mr. Tazi and his ensemble here perform two complete noubas (one runs almost 53 minutes) on copies of instruments in use in Ciryab's time, with the gut strings of that era replacing the steel strings introduced into the music during the 18th century. This is an endlessly fascinating recording, with frequent shifts in rhythm and complex routines alternating solo and group vocals with perpetually shifting groupings of stringed and percussion instruments.

”Wasla D’Alep: Chants Traditionnels de Syrie,” by Sabri Moudallal and the Traditional Music Ensemble of Aleppo (Inedit MCM 26007; CD only) again presents a complete performance of a long-form orchestral composition from Arab music’s golden age, a wasla being roughly equivalent to the Andalus nouba in terms of both antiquity and formal structure. These nouba and wasla recordings are a singular event in modern musical scholarship. For the first time, nonspecialist Western listeners can hear complete performances of highly developed orchestral – one is tempted to say symphonic – compositions from the Arab world of 1,000 years ago.


”Archives de la Musique Arabe, Vol. 1” (Ocora 558678; CD only) is the first release in a new series in which some of the earliest recordings of Arabic music are being reissued. The selections on this disk were transferred from cylinders recorded between 1908 and 1920; some of the performers were already professional musicians as early as the 1870’s. Because cylinders did not impose time strictures quite as stringent as the later 78-rpm disk, some of these performances run as long as 15 minutes.




The performers include Sufi sheiks, former muezzins (religious cantors) who left their mosques to go on the road with secular theater troupes; and a remarkable dervish flutist whose angular phrasing and novel tonal effects suggest that in the Arab world as in the West there were idiosyncratic progressives as well as traditionalists. Considering the age of the recordings, they are astonishingly clear, with only minimal distortion.




There is no better introductory sampler to the classical, folk and popular idioms of the Islamic world than ”Music in the World of Islam,” a series of six LP’s devoted, respectively, to ”The Human Voice,” ”Lutes,” ”Strings,” ”Flutes and Trumpets,” ”Reeds and Bagpipes” and ”Drums and Rhythms” (Tangent TGS 131 through 136; LP only). Another welcome event for students of non-Western music is the recent reissue of many of the original UNESCO World Music recordings compiled by Alain Danielou in the 1960’s.




The outstanding ”Turkey I” (Barenreiter Musicaphon No. BM 30L2019; LP only) is devoted to the ritual music of the Mezlevi or whirling dervishes, the Sufi order founded by the poet Rumi. Additional volumes relating to Arab music are devoted to Turkey and other parts of the Islamic world. In addition, several of the later UNESCO recordings that were originally issued by EMI/Odeon are beginning to be reissued on CD by the French Auvidis label. Among the highlights of these CD/cassette reissues are ”North Yemen” (Auvidis D8004) and ”Syria: Islamic Ritual Zikr in Aleppo” (D8013).




Two reliable mail-order sources for these and other recordings of non-Western music are the World Music Institute (109 West 27th Street, New York, N.Y. 10001) and Down Home Music (10341 San Pablo Avenue, El Cerrito, Calif. 94530). Robert Browning of the World Music Institute has edited and published ”Maqam: Music of the Islamic World and Its Influences,” a collection of essays by various authorities that includes both broad historical surveys and specialized studies of local traditions. ”Maqam” is available for $10, plus $2 postage, from the World Music Institute.


The cover illustration of an album titled ”Turkey II” shows a player of the instrument called the ney, one of many that traveled to the West.

Pesquisa em loops musica árabe

Junto com Alexandre, etapa de pesquisa de sononidades. Ouvir muita coisa e ler textos específicos.



Algumas ideias:

1- http://www.loopmasters.com/products/3155-Hamsa-Arabic-Percussion
 Bom material em percussão e também um orquestra árabe.

2- Kashimir, Led Zeppelin.
Sempre me intrigou o arranjo com a'orquestração dos riffs', distorção, e algumas passagens melódicas orientais.

versão com orquestra
http://www.dailymotion.com/video/xkvaq_led-zeppelin-orchestra-kashmir_music

Versão do Celebration Day
https://www.youtube.com/watch?v=PD-MdiUm1_Y

Versão clássica

https://www.youtube.com/watch?v=ZDwotNLyz10

3- Solo de tabla
https://www.youtube.com/watch?v=0AZZJobohDk

4- Bibliotecas de loops
http://subaqueousmusic.com/arabic-and-tribal-rhythm-midi-pack/
http://www.khafif.com/rhy/
http://www.looperman.com/loops/tags/royalty-free-arab-loops-samples-sounds-wavs-download
http://bedroomproducersblog.com/2012/02/29/102-free-arabic-and-tribal-rhythm-midi-files-by-subaqueous/


Livros
DIB, M. Música Árabe.Expressividade e Sutileza. Edição do autor, 2013. (livro que retoma sua dissertação de mestrado, disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8154/tde-11062010-103804/pt-br.php 
TOUMA, H. The Music of Arabs. Amadeus Press, 2003.


Duas coisas me chamam a atenção:
1-A proximidade entre música indiana e música árabe e, daí, música grega. 2-Pois são construídas a partir de presets, que proporcionam improvisação, ou composição em performance, segundo o conceito da Hipótese Parry-Lord. Dicussão sobre as diferenças e proximidades entre músicas indiana e árabe, v.
http://www.mikeouds.com/messageboard/viewthread.php?tid=14203

e

https://www.quora.com/What-are-the-similarities-and-differences-between-the-Arabic-maqam-and-the-Indian-raga , que eu reproduzo abaixo:
I will try my best to answer this question from my understanding of Arabic music, and you can expect maximum reliable info from my side, though can be inadequate to you.
 
Arabic and Indian music are mainly modal systems, ie; they have an emotional system associated with the music. The  Ragas of Indian music too have a time and emotional content associated with them, much like the Arabic maqams. (esp. the "rakti ragas")
Raga term itself means that "which attracts", "which is emotional".
Arabic maqams too have emotional content for their modes, like Rast- pride, Bayati - joy...
Both Indian and Arabic systems do not use equal temperament, so can be faithfully reproduced only on string or wind instruments rather than piano. Though Hindustani Music has adapted to harmonium, harmonium cannot faithfully reproduce the nuances and microtonal details.
The Carnatic music is at most played only on pitch bender keyboards so that the microtones may be touched. (like eka sruti RShabha of gowla)
Moreover, most of the famous maqams have Indian parallels.
Example :
Shad' Araban : Bhairav thaat (Hindustani), Mayamalavagaula (Carnatic)
Hijaz : Basant Mukhari (Hindustani), Vakulabharanam (Carnatic)
Nawa Athar : Simhendramadhyamam (Carnatic)
Bayati : Asavari that (Hindustani), Natabhairavi (Carnatic)
 
Like the Purvanga - Uttaranga system, the Arabic music has a much more general "jin" systems, Ajnas (plural of jin) are the building blocks of Arabic maqams.
This is basically reflected in the jivasvara concept of Indian classical music, or the hindutani "pakad", "calan" and finally can be related to Carnatic "sancArams" that
 define esp. the "rakti ragas".
The difference is that Indian music focusses on a single raga at a time, and any deviation from it is considered to be undesirable, and the "anyasvaras" are usually frowned upon during the course of a raga.. (except for predetermined raga malikas that have ordered blend of ragas)
(though some artists of 19th century did something like these to appease the British listeners in India)
The anyasvara, but due to Persian influence, did reach India by a small proportion, resulting in the popularisation of modern "Bhairavi" as with full twelve notes (Hindustani) than the lesser but cognate "Sindhu bhairavi" Carnatic. Still, it cannot be called a spontaneous modulation.
But, modulation is an important and valued piece in Arabic music. Most of the performances involve starting with the original maqam and integrating into it ajnas of other maqams, and "modulating". Modulation is a usual presence in most of Arabic melodies. (Just check out some Arabic pieces, and you can notice that)
Both Arabian maqams and Indian thaats/melakartas have a particular family attached to them.


Ou seja, ambas se organizam em modos e blocos de notas pré-fixadas. Na música árabe há maior trânsito (modulações) entre os modos.



terça-feira, 26 de julho de 2016

Solomon, de Händel (1758)

O oratório de Händel tem duração de 2h:30min- 2h:40min, nas gravações disponíveis.


É dividido em três atos, cada um com um centro narrativo:
ato 1: após a consagração do templo, juras de amor entre Salomão e a filha do faraó.
ato 2-  foco no conhecimento de Salomão: a cena do julgamento das duas mulheres e a criança
ato- 3- com a chegada da Rainha de Sabá, celebração do rei sábio e rico.

Após a abertura instrumental (6min:50s), temos duas cenas. A primeira é entre Salomão, o Sacerdote e os coros de religiosos e dos israelitas. Temos partes corais, árias e recitativos. A segunda centra entre Salomão e a filha do Faraó, com os mesmos tipos de cena, e um e um dueto entre Salomão. E assim por diante.
A estrutura musical da peça é bem marcada: as partes são bem distintas, seus limites bem traçado, em função do enredo. O centro é ouvir a música e a letrada cantada. Daí pouco deslocamento em cena.

O libreto, mesmo se valendo de um texto antigo, parece estabelecer alusões entre as figuras do mundo bíblico e a da atualidade, no caso o reino de George II. O espetáculo é celebratório: no lugar de guerra, paz e prosperidade.
Winton Dean compara a obra com Oresteia de Ésquilo.

Links:
1- vídeo no youtube
https://www.youtube.com/watch?v=HULyNRpxfy0

2-
https://www.youtube.com/watch?v=aCKezqdjg0k

3- partitura
http://imslp.org/wiki/Solomon,_HWV_67_(Handel,_George_Frideric)

4- libretto
http://opera.stanford.edu/iu/libretti/solomon.htm


Bibliografia

DEAN, W. Handel's Dramatic Oratorios and Masques, Oxford University Press, 1990.
HURLEY,D. Handel's Muse: Patterns of Creation in His Oratorios and Musical Dramas, 1743-1751. Oxford University Press, 2001.
SMITH, R. Handel´s Oratorios and the
Eighteenth-Century Thought. Cambridge University Press, 1995.
WEBB, R.  Handel's Oratorios as Drama. Link: http://symposium.music.org/index.php?option=com_k2&view=item&id=1944:handels-oratorios-as-drama&Itemid=124


A música I



Para compor a música, primeiro temos que ver um pouco da música árabe, já que Salomão lembra um pouco um conto de mil e uma noites, com suas riquezas, roubos e harem.




Para isso, estudar o material do site http://www.maqamworld.com/ , especialmente a seção dos ritmos.
http://www.maqamworld.com/rhythms.html


A música é basicamente melódica, a partir de lawyers:
1- ritmo/percussão, que estabelece o caráter da música. 
2- uma melodia vocal, que é distribuída entre vozes masculinas e femininas.
3- uma contra-melodia, em instrumento de corda. Muitas vezes esse instrumento de corda serve como base para a melodia vocal.

Mas tudo está ligado ao texto, ao repertório de formas literárias, que são tipos de estrofes, com quantidades de versos e versos com quantidades de sílabas. 
A construção da melodia é por tetracordes, ou sequência de 4 notas.

Um exemplo: http://www.maqamworld.com/mp3/rhythms/yuruk_samai/billadhi_askara.mp3

A percussão inicia com o ritmo 
Form 2 (single dum)
6
8

Este módulo rítmico é articulado com pandeireta (riq) e um membranofone (darbuka, tabla) . 

Após duas vezes apresentado, entra o material melódico instrumental tocado por dois cordofones em oitava(Oud/ Bozuq como o Alaúde). Em alguns momentos uma flauta dobra também em oitava a melodia e faz alguns ornamentos. Esse material melódico é apresentado duas vezes sobre o módulo rítmico. As frases são binárias.
Então entre a melodia vocal com homens e mulheres cantando juntos a mesma melodia. A melodia se vale de parte do material melódico do módulo instrumental. Quando o canto se inicia, o módulo rítmico e o módulo instrumental melódico dialogam com a melodia vocal.


ASSIM TEMOS, QUANTO AOS LAWYERS E INSTRUMENTAÇÃO


PERC
PERC
PERC
PERC
PERC
PERC


MEL. INST
MEL. INST
MEL. INST
MEL. INST




MEL. VOC
MEL. VOC