terça-feira, 9 de agosto de 2016

João bosco

João Bosco possui ascendência libanesa e dialogou essa cultura em alguns momentos

No disco As Mil e uma Aldeias.

V.  Música 'Califadoss da Quimera
Muito pop, mais boa a letra e a introdução


Letra:


No mar de ouro-árida areia

o alforge sem um cequim

o chão não verdeia, ai de mim

terra sem, terra sem trégua

o vento castiga o albornoz

o tempo seca o cantil

dez dias no deserto a sós

noite vai, dia sai, chega

e quando do céu o sol cai

ladrões beduínos vêm

roubar os caravanserais

mercador, mercador, reza

e sonho alaúdes, miragens

ouço cantar pra mim

me acorda a voz de um muezzin

lá no fim, lá no fim meca

ao longe se vê bassorá

oásis de encantos mil

rumei de camelo pra lá

mais de cem, mais de cem légua

mohammed no solo persa

de tempos imemoriais

arômas, sensuais conversas

haréns, donzelas sem iguais

pedras de todas as cores

ágatas, negros cristais

damas de letais amores

morro se me não amais

califado de quimeras

reino de meus ancestrais

e numa mesquita recordo

a sira de maomé

das guerras ao lastro da fé

fé que não, fé que não cessa

no cairo um alfange degola

a nuca de um albatroz

o sangue que mancha o algoz

some na, some na treva

pirâmides guardam sepulcros

múmias de faraós

sarcófagos gemem a voz

voz que não, voz que não quieta

verberam numa alcova escura

os versos de omar khayam

ali fico até de manhã

deito na, deito na relva

o preço só ganha a conversa

a manha de barganhar

mercado onde o peso é falar

quem disser, quem disser leva

segura o turbante que vem

rasante a riscar o ar

um velho tapete a voar

tá no ar, tá no ar, pega

2 comentários:

  1. O texto realmente é muito interessante. Mas a música parece um arremedo...e ele que é tão melismático nas outras canções, aqui foi bem econômico.

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  2. O texto realmente é muito interessante. Mas a música parece um arremedo...e ele que é tão melismático nas outras canções, aqui foi bem econômico.

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