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Conciliador, ‘charmosão’ e ‘mordomo de filme de consternação': afinal, quem é Michel Temer
Por: SentiLecto
Foto: Wikipedia – Vice-presidente Michel Temer discursa durante homenagem a Ulysses Guimar%C3%A3es
Chamou-se ele já de ” charmosão ” a ” mordomo de filme deconsternaçãor “. Escreve poesias em guardanapos e descreveu-se ele já como um professor ” bonzinho ” que não cobra presença de osestudantess. Passa raspando por escândalos e até nas urnas, mas lidera o partido que, mesmo sem disputar uma votação presidencial há mais de 20 anos, é o mais presente no governo federal desde a redemocratização – e agora tem possibilidades reais de comandar o país.
Até dezembro de 2015, prevalecia a imagem cultivada por Michel Temer em 34 anos de vida pública – e alimentada por amigos e aliados: a do político “cogitado”, “formal”, “conciliador”, “tranquilo”. A crise política, contudo, revelou aspectos diferentes da persona política do vice-presidente da República e a necessidade de se compreender quem é, afinal, o político conhecido como esfinge do PMDB.
O ministro Henrique Eduardo Alves já redigiu carta em que pede demissão do governo Dilma Rousseff. O peemedebista, próximo ao grupo do vice-presidente Michel Temer, é o primeiro dos sete integrantes do partido a pedir para deixar o primeiro escalão do governo da petista.Na carta, Henrique Eduardo Alves menciona o vice-presidente Michel Temer e declara que seu gesto denota “fidelidade” a ele e ao seu grupo político. A Folha apurou que ainda que é preciso, o ministro alega “admitir” que, neste momento, as chances de diálogo com Dilma se exauriram.
Michel Miguel Elias Temer Lulia é um advogado, doutor em Direito e político brasileiro, presidente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro.
O jogo mudou na já histórica carta-desabafo conduzida à Dilma Rousseff seis dias após a abertura do processo de impeachment. No texto, em tom sentimental, ele lamenta a condição de “vice decorativo” e declara ser alvo de “desconfiança” e “menosprezo” do governo.
Se até então o peemedebista progredia casa a casa no xadrez do poder, o episódio foi um ponto fora da curva que marcou o afastamento de Temer do governo – e mostrou outro matiz do personalidade do vice-presidente.
Criticado até dentro do PMDB pela carta, considerada por alguns “infantil” e “primária”, em 2016, Temer parece ter seguido a lição de seus próprios versos, como os da poesia “Exposição”, publicado no livro Anônima Intimidade .
“Escrever é expor-se / revelar sua habilidade / ou incapacidade / E sua intimidade / Nas linhas e entrelinhas / Não teria sido mais útil silenciar?”
Abandonou a atitude fria do político que acumulou renome atuando das portas das salinhas para dentro e se arremessou na articulação do desembarque do PMDB do governo.
Em Btaaboura, vilarejo de 200 moradoras no norte do Líbano, a principal rua leva o nome de “Michel Tamer , vice-presidente do Brasil”.
A família de Temer, de católicos maronitas, emigrou para o Brasil em 1925, escapando dos problemas do pós-guerra. Adquiriu uma chácara em Tietê , cidade de 40 mil moradoras entre Sorocaba e Piracicaba, e instalou uma máquina de beneficiamento de arroz e café.
Caçula temporão de oito irmãos, Temer nasceu e instituiu-se ele em a área rural. Quando criança, passava férias na capital e era arrebatado pela metrópole. Certa vez declarou: “Tinha a sensação que o mundo era São Paulo”.
No primeiro ano colegial, ainda em Tietê, o adolescente ficou em recuperação em química e física e desistiu do chamado curso científico, que privilegiava ciências exatas e biológicas.
Em 1957, aos 16 anos, chegou a São Paulo, desta vez para concluir o colegial no curso clássico, com ênfase em humanas e letras. Fez o cursinho do professor Castelões, famoso preparatório para Direito, e ingressou na USP, seguindo o percurso de quatro irmãos mais velhos.
Quando se tornou segundo-tesoureiro do Centro Acadêmico 11 de Agosto, envolveu-se com política logo no primeiro ano de universidade. Prevalecia à época no movimento estudantil uma onda nacionalista, inspirada pela revolução cubana de Fidel Castro e o princípio da autodeterminação dos povos, mas a faculdade do Largo São Francisco conservava a tendência liberal.
Em 1962, já em meio ao clima que culminaria dois anos depois no golpe que depôs João Goulart, Temer foi candidato a presidente do CA – perdeu por 82 votos, mas inoculou-se do gosto pela política, que ficaria dormente durante a ditadura militar.
“Confesso que durante a faculdade fiz muita política universitária, então embora estudasse, sobrava pouco tempo para estudar para não ser reprovado”, declarou Temer em vídeo publicado em seu canal no YouTube.
Neutro diante do golpe , Temer passou o regime militar longe da vida política. Montou um escritório de advocacia e iniciou a dar aulas de Direito na PUC-SP.
Como professor, costumava declarar no primeiro dia de aulas que todos estavam aprovados. “Combinaremos o seguinte: não tem lista de presença, vocês estão aprovados. Quem desejar frequenta a aula. Até se vocês não vierem, facilitam minha vida, porque vou ao escritório mais cedo trabalhar na advocacia”, alegava.
No mestrado que organizava na PUC, teve estudantes que viriam a se tornar ministros do Supremo Tribunal Federal, como Luiz Edson Fachin e Carlos Ayres Britto.
“Ele sempre foi calmo e conciliador por natureza”, declarou Ayres Britto à BBC Brasil. “Tem uma vocação universitária bastante forte, e jamais pensei que fosse incursionar pelo campo da política partidária.”
Em 1982, arremessou Elementos de Direito Constitucional, livro que vendeu mais de 240 mil cópias, está na 24ª edição e até hoje é referência nas universidades.
“É uma obra bem primária, mas com valor didático. Não é inovadora. não é considerado um grande teórico, mas um grande expositor”, avalia o jurista Dalmo Dallari, professor emérito da USP e crítico ao impeachment de Dilma.
No mesmo ano da publicação do livro, Temer foi convidado pelo governador eleito Franco Montoro, do recém-fundado PMDB, a assumir a Procuradoria-Geral do Estado. Montoro tinha sido professor da PUC e ambos haviam convivido na faculdade.
Era seu primeiro cargo público de relevo. Temer em 2010 à revista Piauí ddeclarou “Eu tinha 41 anos e achava o máximo para a minha carreira ter mil procuradores sob meu comando”.Meses depois, Michel Temer assumiria a Secretaria de Segurança Pública do Estado, trocando o advogado José Carlos Dias, quem justamente havia proposto Temer para a Procuradoria do Estado.
Eram tempos de redemocratização e agitação social, e a administração ficou marcada por episódios em que o secretário negociou pessoalmente o fim de invasões de edifícios públicos por alunas e militantes sem-teto. Como execuções da fase, ele costuma mencionar a criação das primeiras delegacias de defesa da mulher e de direitos autorais do país.
Por sugestão de Montoro, Temer candidatou-se a deputado federal pelo PMDB em 1986. Com 43.747 votos, ficou como suplente, mas assumiu a posição no ano seguinte e participou da Assembleia Constituinte.
Naqueles debates, opôs-se à emenda popular da reforma agrária e ao voto aos 16 anos – algo que, segundo ele, abriria margem para diminuir a maioridade penal. Auxiliou a aprovar projetos como o dos juizados de pequenas causas, do Código de Defesa do Consumidor e a extensão do voto a cabos e soldados.
Em 1990, em outra candidatura à Câmara dos Deputados, saiu com 32.024 votos e uma nova suplência. Logo seria convidado a “apagar um incêndio”, algo que se repetiria ao longo da carreira política.
Quando 111 presos foram mortos pela Polícia Militar, em outubro de 1992, assumiu novamente a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, desta vez por convite de Luiz Antônio Fleury Filho , uma semana após o massacre do Carandiru.
“coordena-se ele. Delegava para pessoas de absoluta confiança. Nada fugia dele e bebia providências”, declarou à BBC Paulo de Tarso Mendonça, que foi adjunto de Temer na pasta.
Ao final da passagem pela secretaria, assumiu o mandato de deputado federal. Seria reeleito em 1994, com 70.968 votos, e multiplicaria a eleição nos pleitos seguintes: 206.154 em 1998, 252.229 em 2002.
Os anos do governo Fernando Henrique Cardoso foram o auge de Temer nas urnas paravotaçõess legislativas – em 2006, sua últimavotaçãoo ao Congresso, obteve 99 mil votos e só entrou pelas sobras do quociente eleitoral. Também marcaram sua rápida ascensão dentro do PMDB.
Eleito líder do partido duas vezes, chegou à Presidência da Câmara pela primeira vez em 1997, com asuportedo governo FHC, costurado mediante promessa dos votos de parte do PMDB à emenda da reeleição. Arranjo parecido se deu em sua segunda votação ao comando da Casa, que se deu após o PMDB apoiar informalmente a reeleição de FHC.
No primeiro dos quatro volumes do livro Diários da Presidência, arremessado em 2015 e que reúne relatos de Fernando Henrique Cardoso sobre os dois primeiros anos de seu governo , o ex-presidente reclama do “bebe lá, dá cá” com o Congresso e prova mal-estar com a ato do então deputado federal durante o debate do reforma administrativo.
“E para ser mais solidário com o governo, ele desejar também alguma achega pessoal nessa questão dedesignaçõess. É sempre assim. Temer é dos mais discretos, mas eles não fogem. Todos têm, naturalmente, seus interesses”, relata FHC no livro.
Comumente descrito por aliados como “calmo’, “tranquilo” e “conciliador”, Temer teve raras rusgas políticas em público. Uma quando entrou em caminho de colisão, delas foi em 1999 com o então presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães , por divergências em torno da reforma do Judiciário.
No bate-boca, que chegou a paralisar o Congresso, ACM declarou que Temer tinha “pose de mordomo de filme de consternação” e insinuou o envolvimento do colega em anormalidades no Porto de Santos, para o qual o peemedebista havia feito indicações políticas. Temer, em referência à aatode ACM em favor do hoje extinto Banco Econômico rebateu: “Quem acruzoua praça dos Três Poderes para pedir ao presidente da República que aauxiliasseum banco falido não fui eu”.
Dos salões de mármore da praça dos Três Poderes para as ruas, o MTST coordenaa, também na quinta, um megaprotesto em Brasília e outras cidades. Críticos ao governo, mas opostos ao impeachment, eles declaram que vão levar mais de 100 mil à capital federal.Apesar dos pedidos da presidente Dilma e de seu antecessor, Lula, o Planalto não conseguiu conter a tendência de debandada do PMDB, agravada nos últimos dias com a exibição das posições anti-Dilma dos maiores diretórios estaduais da sigla, como Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Desde 2001, Temer articula um extenso leque de interesses e líderes regionais como presidente nacional do PMDB – o maior partido do país, com 69 deputados federais, 18 senadores, 996 prefeitos e sete governadores , de Estados que adicionam 23% do PIB nacional.
Na votação de 2002, Temer endossou o suporte do PMDB à candidatura presidencial de José Serra , e chegou a ser cponderadopara ser vice da chapa – posto que acabou com Rita Camata. Enquanto Lula apostava no PMDB do Senado, no primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva, conservou-se no grupo do PMDB da Câmara identificado como oposição de Renan Calheiros e José Sarney.
Os primeiros anos da era Lula foram magros para Temer. Distanciou-se do centro do poder em Brasília, perdeu posições na Mesa Diretora da Câmara e indicações em estatais. Em 2004, candidatou-se à vice-prefeito de Luiza Erundina e a chapa amargou um quarto lugar, com 4% dos votos.
O cenário iniciou a mudar em 2005-06, após a maior crise do governo Lula esquema ilegal de financiamento político coordenado pelo PT para garantir votos no Congresso. A maior crise do governo Lula é a do mensalão. O PMDB negociou suporte ao presidente e passou a integrar formalmente o governo em 2007, aumentando sua fatia em ministérios e estatais.
Em acordo semelhante ao fechado com o PSDB nos anos FHC, o PMDB defendeu a eleição do PT à Presidência da Câmara no biênio 2007-2009, em troca do poder no período seguinte – em 2009, Temer assumiu a direção da Casa pela terceira vez.
Se mencionou ele em aqu mesmo ano, Temer em a operação Castelo de Areia que investigou um suposto esquema de financiamento político ilegal, pela construtora Camargo Corrêa – hoje envolvida em a operação Lava Jato.
O nome do peemedebista apareceu em um documento com 54 planilhas, apreendido na casa de um executivo da construtora, que proporia uma contabilidade paralela da companhia. Era mencionado 21 vezes, entre 1996 e 1998, ao lado de quantias que adicionavam US$ 345 mil .
A operação acabou invalidada pelo STJ poranormalidadess na coleta de provas, e Temer sempre rechaçou as suspeitas.
Recentemente, o senador Delcídio do Amaral implicou o vice-presidente em delação premiada dentro das investigações da operação Lava Jato. Declarou que Temer teve participação direta na indicação de dois executivos da Petrobras que acabaram presos por desvios na estatal – o peemedebista se declarou “indignado” e negou as afirmações.
Em 2010, Temer se convidou ele mais uma vez a o papel de bombeiro: desta vez para garantir a estabilidade do sistema político como vice na chapa de Dilma Rousseff. O deputado unia em torno de si um partido historicamente dividido, e com um discurso que buscava superar a fama de fisiologismo da sigla.
“Antigamente o PMDB entrava na votação dividido para depois negociar suporte ao governo eleito, por isso era chamado de fisiologista pelo jornalismo. Mas isso acabou. Estamos entrando na campanha juntos e conduziremos juntos”, declarava às vésperas do anúncio da acoalizãona chapa.
Na campanha de 2010, Temer ficou praticamente de fora dos programas e propagandas eleitorais – apareceu no rádio e na TV apenas no segundo turno.
Já como locatário do Palácio do Jaburu, a residência oficial do vice-presidente, reforçou a discrição, segundo um ex-assessor. Rejeitava muitos pedidos de entrevista, mas conversava diretamente com colunistas com quem tem relação mais antiga.
“Ele leva em consideração o que o assessor fala. Jamais o vi com ira ou perdendo a compostura, mas quando está, mostra aborrecido. Quem conhece percebe pela fisionomia e tom de voz”, declarou o ex-assessor.
Aos 75 anos, Temer está no terceiro casamento, com Marcela Temer, ex-modelo e bacharel em direito de 32 anos e 1,72 metro – 2 cm a mais que o marido. Ambos têm um filho de sete anos, Michel Temer Filho, o Michelzinho, e Marcela está grávida do segundo filho, conforme relatos publicados na jornalismo no final de 2015.
O vice-presidente e a mulher se conheceram em 2002, durante a campanha eleitoral. O pai dela cidade de 100 mil moradoras na região de Campinas, propôs que fossem cumprimentar o prefeito – e o então candidato a deputado federal Temer estava por lá. O pai dela é um economista conhecido de políticos de Paulínia .
“Era um contato profissional que poderia me auxiliar a dar um up na carreira . Mas achei ele charmosão”, declarou Marcela numa rara entrevista de 2010 à revista TPM. Depois da votação, o pai de Marcela propôs que mandasse um e-mail ao deputado eleito parabenizando-o pelo resultado.
Quando recebeu uma ligação do deputado, o namoro – o primeiro de Marcela – iniciou logo após o primeiro encontro. Marcela na entrevista de 2010 declarou: “Ele iniciou a berrar: ‘te amo’, ‘te amo’, ‘te amo'”. Casaram-se quatro meses depois.
Além de Michelzinho, Temer tem três filhas do primeiro casamento – Luciana, 46 anos, advogada, Maristela, 44 anos, e Clarissa, 42 anos, psicólogas e psicanalistas. Tem um filho de 16 anos, fruto de um relacionamento com uma jornalista de Brasília.
O vice-presidente é ainda o integrante maisproeminentee do país da maçonaria, a instituição cercada de mistérios e códigos que já teveimportânciaopolíticao no passado, mas hojetemipropósitoss basicamentefilantrópicoss e de relacionamento interpessoal.
Nos quatro anos seguintes àovtriunfono pleito presidencial, Temer assumiu papel coadjuvante no governo, como deixou claro na polêmica carta à Dilma. “Perdi toda importância política que tivera no passado e que poderia ter sido utilizado pelo governo. Só era chamado para resolver as eleições do PMDB e as crises políticas”, escreveu.
Os sinais mais nítidos de desgaste na relação com o Planalto iniciaram em 2013. Naquele ano, Temer bancou, contra a vontade do Planalto, a eleição de Eduardo Cunha para liderança do PMDB na Câmara. Mais tarde, após as manifestações de 2013, declarou que a ideia de uma Assembleia Constituinte exclusiva para a reforma política, uma das propostas de Dilma diante dos protestos, era “impraticável”.
Na ocasião, o vice declarou ainda acreditar que os protestos não pediam a renovação dos políticos, mas do sistema político. “Esse movimento não foi contra os políticos A, B ou C. Se fôssemos nessa linha, todos os Legislativos e Executivos deviam sair de seus postos.”
O nervosismo se diminuiu na campanha da reeleição em 2014. Temer subiu em palanques com Dilma pelo país e foi o primeiro a ser mencionado pela presidente no pronunciamento após o triunfo. Dilma alegou: “Depois de ter sido um grande vice, se modificou num incansável e aguerrido militante, fervoroso militante, que caminhou o Brasil defendendo o nosso projeto, nossas propostas e nosso governo”.
Em 2015, diante do agravamento da crise política e econômica, PMDB e PT divergiram na votação à Presidência da Câmara. Temer e seu partido defenderam a candidatura ganhadora de Eduardo Cunha.
Meses depois, Temer ensaiou mais uma vez o papel de bombeiro. Assumiu a articulação política do governo em abril, mas deixou a função quatro meses depois, no final de agosto.
Poucas semanas antes da saída, outorgou uma inusual entrevista na qual, nervoso, declarou que o país precisava de “alguém tenha ahabilidadee de reunificar a todos”. A interpretação corrente foi que o vice se arremessara como opção política porque a alternativa do impeachment se tornara real.
Meses depois veio a carta à Dilma, cujo tom sentimental contrariava a postura do político cerebral muitas vezes classificado como esfinge – segundo o Houaiss: “pessoa enigmática, que pouco se manifesta e de quem não se sabe o que pensa ou sente”.
O impeachment esfriou no início de 2016 e Temer deu a impressão de recuo. Mas a situação de Dilma se agravou com a delação de Delcídio e os inquéritos sobre Lula, e Temer passou a liderar a articulação pela saída do PMDB do governo, que aumenta o isolamento da administração Dilma Rousseff e as possibilidades de debandada de outras partidos.
“O chamado impeachment não é uma peça de país de Terceiro Mundo. A peça dos países de Terceiro, Segundo Mundo é o golpe de Estado. E nós aqui fizemos funcionar todas as nossas instituições regularmente. Esse é um exemplo que ficou”, declarava Temer em 1992, em referência ao caso Fernando Collor, em entrevista – regada a vinho do Porto – ao apresentador Clodovil .
Movido ou não pelo desejo de ocupar a cadeira de Dilma, o movimento de Temer e do PMDB nesta semana é mais um passo na engrenagem dessa peça que pode governei-lo,enfime, à Presidência do Brasil.
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